Edema

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Texto de Viviane Teixeira


EDEMA


É considerado edema o aumento do volume do líquido intersticial, que pode ocorrer de forma localizada, aparente clinicamente e acompanhado freqüentemente de tumefação das áreas afetadas, ou de forma generalizada, cujo aumento do líquido não é percebido clinicamente, a não ser pelo aumento do peso corporal, até que o acúmulo seja expressivo.

O conceito não inclui o acúmulo de líquido intracelular, também conhecido como degeneração hidrópica ou vacuolar, a não ser quando referente ao tecido nervoso.

O edema maciço e generalizado, com tumefação profunda do tecido subcutâneo, é chamado de ANASARCA. Quando as coleções de líquido ocorrem nas cavidades corporais, a denominação de cada tipo é de acordo com a localização: HIDROTÓRAX, HIDROPERICÁRDIO e HIDROPERITÔNIO (ou ascite).


PATOGÊNESE


[[[Forças de Starling]]]


São aquelas que regulam a disposição de líquido entre os componentes intravascular e intersticial do compartimento extravascular, e dependem de alguns fatores:

• A área de superfície disponível para a transferência de líquido

• A permeabilidade protéica da parede capilar

• Os gradientes de pressão que atuam através do endotélio vascular.

A lei de Starling pode ser definida pela fórmula:

Δ F = K [(Pc + Poi) – (Pi + Pop)] – FL

Onde:

K = coeficiente de permeabilidade

Pc = pressão hidrostática intracapilar média

Poi = pressão oncótica do líquido intersticial

Pi = pressão hidrostática média do líquido intersticial

Pop = pressão oncótica do plasma

FL = fluxo linfático

Assim, podemos ver que a associação entre a pressão hidrostática no interior do sistema vascular e a pressão oncótica no líquido intersticial promovem extravasamento de líquido para o espaço extravascular, que corresponde a cerca de 20 L/dia em um indivíduo adulto com 70kg. Desses, 18 L são reabsorvidos de volta para o espaço intravascular, e os 2 L restantes, bem como certa quantidade de proteína que atravessa a parede capilar, são removidos pelo sistema linfático.

A “lavagem de proteínas” e o aumento do fluxo linfático de acordo com a tendência para acúmulo de líquido correspondem a “fatores de segurança capazes de impedir, ou, pelo menos, dificultar a formação de edema”.

Outro fator de segurança é a baixa complacência do interstício, gerada por uma malha compacta de filamentos de proteoglicanos. Desse modo, pequenas alterações de volume estão associadas a aumento significativo da pressão hidrostática no interstício, o que dificulta o acúmulo de líquido.

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