Leucemia Linfoide Aguda

De WikiPETia Medica
(Diferença entre revisões)
(Criou página com ''''texto de ''Fernando Klein''''' =Leucemia Linfoide Aguda= ==Definição== Leucemia linfóide aguda (ou LLA), também conhecida como leucemia linfoblástica aguda, é um c...')
(Diagnóstico)
Linha 40: Linha 40:
1.Hemograma → presença de blastos
1.Hemograma → presença de blastos
 +
2.Mielograma → infiltração medular  
2.Mielograma → infiltração medular  
 +
3.Imunofenotipagem (citometria de fluxo) → definir linhagem
3.Imunofenotipagem (citometria de fluxo) → definir linhagem
 +
4.Citogenética (cariótipo, FISH) → definir prognóstico
4.Citogenética (cariótipo, FISH) → definir prognóstico
-
5.Biologia Molecular → definir resposta
 
 +
5.Biologia Molecular → definir resposta
==Tipagem==
==Tipagem==

Edição de 20h00min de 27 de Setembro de 2011

texto de Fernando Klein


Tabela de conteúdo

Leucemia Linfoide Aguda

Definição

Leucemia linfóide aguda (ou LLA), também conhecida como leucemia linfoblástica aguda, é um câncer de leucócitos, caracterizada pela produção maligna de linfócitos imaturos (linfoblastos) na medula óssea.

Epidemiologia

A LLA é a leucemia mais comum na infância (90% dos casos). Um pico de incidência entre 2-10 anos (maior aos 4 anos) é registrado. É mais comum na raça branca e tem uma discretíssima predominância no sexo masculino (57%). A LLA pode ocorrer no adulto. Nesse caso, a doença apresenta pior prognóstico, com uma taxa de cura de apenas 25-40%.

Etiologia

As causas precisas do desenvolvimento desta patologia são desconhecidas. Apenas uma pequena porcentagem dos casos (<5%) está associada com a presença de alguma síndrome genética (Síndrome de Down, Síndrome de Bloom, ataxia-teleangectasia, Síndrome de Nijmegen), com exposição à radiação ionizante ou drogas quimioterápicas.

Manifestações Clínicas

O quadro clínico da LLA é muito semelhante ao da LMA (ver Manifestações Clínica da LMA no tópico Leucemia Mieloide Aguda na parte Hematologia do site). A tríade astenia, hemorragia e febre também é encontrada aqui, mas algumas diferenças devem ser destacadas:

- a dor óssea é muito freqüente – 80% dos casos

- adenomegalia cervical ou generalizada é mais freqüente – 75% dos casos

- podem ocorrer massas mediastinais no subtipo de células-T do timo

- o acometimento do SNC e dos testículos (especialmente na recidiva) é muito mais comum

- a febre neoplásica é mais comum – 70% dos casos

- a hiperplasia gengival não faz parte do quadro clínico.

Diagnóstico

O critério é o mesmo da LMA. A diferenciação entre os blastos da LMA e os linfoblastos é feita por critérios morfológicos, citoquímicos e imunofenotipagem.

Passos para o Diagnóstico:

1.Hemograma → presença de blastos

2.Mielograma → infiltração medular

3.Imunofenotipagem (citometria de fluxo) → definir linhagem

4.Citogenética (cariótipo, FISH) → definir prognóstico

5.Biologia Molecular → definir resposta

Tipagem

Pelos critérios da FAB, existem três subtipos de LLA.

-L1: é o mais comum em crianças e que apresenta melhor prognóstico e resposta ao tratamento quimioterápico.

-L2: forma mais comum no adulto (70% dos casos)

-L3: forma menos comum (5% dos casos)

Tratamento

O tratamento da LLA é direcionado às complicações (suporte) e a terapia específica da LLA. O tratamento de suporte é o mesmo da LMA e inclui o cuidado com todas as complicações da doença (neutropenia febril, plaquetopenia, anemia, CIVD, síndrome da lise tumoral e leucostase). Já a terapia específica da LLA é bem diferente da LMA e é divida em quatro partes (indução de remissão, profilaxia de SNC, consolidação da remissão e manutenção). A LLA infantil responde muito bem a quimioterapia, com uma chance de cura em torno de 70-85%. Os adultos também respondem bem a quimioterapia de indução com até 90% de remissão completa, no entanto, a maioria experimenta recaída da doença.


Fonte: Medcurso de Hematologia e anotações em caderno.

Ferramentas pessoais