Síndrome de Eagle

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Texto de Ingrid Kellen Sousa Frederico

A Síndrome de Eagle(SE) ou Síndrome Estilóide caracteriza-se pelo somatório do alongamento patológico da projeção estilóide (>30 mm), possivelmente acompanhado pela calcificação do ligamento estilohióideo e estilomandibular. Apesar de os primeiros estudos do processo estilóide datarem de antes do século XVI, o médico Eagle da Univerdade de Duke nos Estados Unidos fez a primeira publicação científica sobre o assunto em 1937.

A incidência do alongamento das projeções estilóides varia de 4% a 28% na população. Do grupo de portadores da doença apenas 4% a 10,3% são sintomáticos, cuja maioria dos casos ocorre em mulheres com idade acima de 30 anos.

A SE pode ser dividida em dois subgrupos: típica e atípica. A típica é caracterizada por uma dor constante na faringe, irradiando-se para o ouvido ipsilateral, salivação intensa, desconforto e engasgo ao deglutir e impressão de corpo estranho na garganta. Acredita-se que essa dor seja proveniente da distorção nervosa e motora dos pares craniano V, VII, IX e X. Já a atípica, também chamada de síndrome da artéria carótida, consiste em dor cervical estendendo para a cabeça, como se estivesse acompanhando a distribuição da artéria carótida interna ou externa.

Visto que a maioria dos médicos desconhece essa patologia e desvaloriza a sintomatologia aparentemente inespecífica, é comum uma associação do quadro clínico a doenças inflamatórias da faringe, tumores, disfunção de articulação temporomandibular e neuralgia glossofaríngea.

Suspeita-se da doença a partir da palpação da fossa tonsilar (F), sendo confirmado por radiografia panorâmica ou lateral da mandíbula. O tratamento consiste em acompanhamento clínico por terapia conservadora com analgésicos, corticosteróides e relaxantes musculares para o alívio da dor ou por excisão cirúrgica intra ou extra bucal.

O presente estudo objetiva fazer um relato de caso da Síndrome de Eagle, bem como compará-lo a relatos semelhantes encontrados na literatura.

Fontes:

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