Vaginose Bacteriana

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* infecção pelo HIV.
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É importante oferecer à paciente diagnosticada com vaginose bacteriana alguns exames como anti-HIV e sorologias para Hepatites B e C. é fundamental enfatizar a adesão ao tratamento.
É importante oferecer à paciente diagnosticada com vaginose bacteriana alguns exames como anti-HIV e sorologias para Hepatites B e C. é fundamental enfatizar a adesão ao tratamento.
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Bibliografia:
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Medicina Interna - Harrison - 17ª. Edição - McGrawHill

Edição atual tal como 05h32min de 3 de Junho de 2012

Texto de Nathália Krishna

Vaginose bacteriana

Tabela de conteúdo

Definição

A vaginose bacteriana é um conjunto de sinais e sintomas causados por um desequilíbrio da flora vaginal que leva a um predomínio de bactérias anaeróbias e Gardnerella vaginalis, as quais agem sinergicamente e causam sintomas, como corrimento e odor fétido. Pode-se caracterizar do ponto de vista bioquímico e microscópico por:

  • Ausência de Lactobacillus spp
  • Concentração aumentada de Gardnerella vaginalis
  • Concentração aumentada de um grupo de bactérias potencialmente patogênicas
  • Poucos leucócitos
  • pH vaginal aumentado
  • Aumento das diaminas, poliaminas e ácidos orgânicos

Epidemiologia

A vaginose bacteriana é a principal causa de corrimento vaginal, incidindo em aproximadamente 45% das mulheres(mais comum em mulheres sexualmente ativas). Os parceiros de mulheres com vaginose bacteriana possuem uma chance cinco vezes maior de apresentar uretrite não-gonocócica.

Quadro clínico

Acredita-se que até metade das mulheres com vaginose bacteriana não manifestem sintomas. quando sintomáticas, apresentam:

  • Odor fétido semelhante à "peixe podre" que se agrava durante a menstruação ou durante o coito (devido ao pH se tornar mais alcalino, facilita a volatização das aminas produzidas pelos patógenos.
  • Corrimento vaginal fluido, homogêneo, branco-acinzentado ou amarelado
  • Corrimento vaginal em pequena quantidade e não aderente às paredes vaginais
  • Corrimento vaginal pode formar microbolhas

Diagnóstico

O diagnóstico de vaginose bacteriana se baseia no exame clínico e na exclusão de outras causas de infecção vaginal. Usa-se os critérios de Amsel, dos quais se a paciente apresentar 03 dos critérios a seguir estará dado o diagnóstico de vaginose bacteriana.

Critérios de Amsel
Corrimento acinzentado, homogêneo, fino, branco-acinzentado, não-inflamatório
pH vaginal >4,5
Teste das aminas (Whiff test) positivo
Visualização de Clue Cells ou células guias no exame microscópico a fresco da secreção vaginal

Tratamento

A droga de escolha para o tratamento da VB é o metronidazol, por via oral, na dose de 500 mg de 12 em 12 horas,durante sete dias. Há regimes alternativos, com eficácia comprovada, que estão relacionados na tabela abaixo. <center>

Tratamento segundo o Ministério da Saúde 2006
1a opção
  • Metronidazol 400 a 500 mg VO 12/12h 07 dias ;
2a opção
  • Metronidazol 2g VO dose única;
  • Metronidazol gel, 0,75%, um aplicador cheio(5g)via vaginal por 5 dias;
  • Clindamicina 300mg, VO, 12/12h 07 dias;
  • Creme de Clindamicina, 2%, um aplicador cheio (5g) 7 dias.

Não é necessário fazer o tratamento do parceiro.

Prognóstico e complicações

A vaginose bacteriana está relacionada a um grande número de infecções em Ginecologia, de alta morbidade, que podem ser evitadas com o tratamento prévio da afecção.As mais importantes são:

  • endometrite
  • doença inflamatória pélvica
  • infecções pós-operatórias
  • infecção pelo HIV.

É importante oferecer à paciente diagnosticada com vaginose bacteriana alguns exames como anti-HIV e sorologias para Hepatites B e C. é fundamental enfatizar a adesão ao tratamento.


Bibliografia:

Medicina Interna - Harrison - 17ª. Edição - McGrawHill

Obtido em "http://www.digimed.ufc.br/wiki/index.php/Vaginose_Bacteriana"
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