Criacionismo da evolução

Hand made DNA

Dei-me conta de que muitos alunos e também professores de ciência não sabem quem foi César Lattes, nossa luz, nem o que ele fez pela ciência…nem sabiam o que dizer quanto a uma entrevista que ele deu a um jornal de Campinas, em 2005, dizendo, sem grandes arrodeios, que o cientista Albert Einstein era uma fraude…A questão continua em pauta… Em decorrência preparei esse outro “RolaNet”, com o oportuno resumo do texto pdf integral do prof. Gildo Magalhães (USP) para animar ainda mais a cena do surgimento do mundo e dos seres vivos…nós incluídos que, segundo uns surgiram e evoluiram pela graça de Deus enquanto que, para outros, tudo se deu e ainda se dá pela “força?” da seleção natural darwiniana ou pela deriva natural…que é uma outra história, como advogam Humberto Maturana e Jorge Mpodozis…

PS Seremos todos, de certo modo, por opção, conhecimento e também por desconhecimento, ao mesmo tempo um misto de criacionistas ingênuos e de evolucionistas místicos, irreconciliáveis? Isto é: o primeiro acredita que Deus criou o DNA, enquanto que o segundo acredita, autrement, e diz que prova que primeiro foi e é o DNA, a molécula que nos levará até Ele…!?!? E, então?

Darwin: Herói ou Fraude?

Gildo Magalhães
Prof. História da Ciência – FFLCH/USP

http://cfcul.fc.ul.pt/textos/Darwin.pdf

Resumo: a influência de Charles Darwin ultrapassa as fronteiras da biologia, ou até mesmo das ciências como um todo. De fato, sua teoria da evolução por meio da seleção natural ganhou os campos da sociologia, antropologia, economia e muitas outras áreas de conhecimento. Os meios de comunicação servem-se fartamente de jargões e raciocínios tirados do darwinismo e até mesmo programas de computador vêm sendo criados usando técnicas derivadas do que se entende por evolucionismo darwiniano. Nesse amplo contexto, o darwinismo a partir da sua versão dita sintética, em que foi complementado por contribuições de biólogos do século XX, se tornou tão paradigmático que suas bases são aceitas como verdades óbvias e indiscutíveis, sob pena de sua contestação levar ao ridículo. No entanto, essa teoria só é plenamente compreensível à luz das ideias contemporâneas na Grã-Bretanha de Darwin, especialmente o liberalismo econômico. Um exame crítico das suas fundações históricas e ideológicas mostra uma face que está longe de ser aceitável. Por outro lado, a confrontação com o criacionismo religioso se revela um falso dilema, pois os problemas mais sérios do darwinismo estão do lado científico. Surge então a pergunta: estaríamos diante de uma teoria adequada aos fatos, porém baseada em noções contestáveis, ou será o darwinismo uma teoria destinada a ser ultrapassada como explicação evolucionista? Neste caso, a busca de outros paradigmas, além de reabrir questões que a maioria dos biólogos tem evitado há mais de um século, representará um choque também para todos os que se apoiaram no darwinismo para justificar seus modelos e conclusões.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Criacionismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o

http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0716-078X2000000200005

http://es.wikipedia.org/wiki/Humberto_Maturana

Deriva natural e não seleção natural

A origem das espécies por meio da deriva natural e o surgimento do humano

Veja esse resumo de Maturana e Mpodozis

…o mecanismo que deu origem à diversidade de sistemas vivos que encontramos hoje em dia, e que também deu origem à biosfera como um sistema coerente de seres vivos autônomos e inter-relacionados, é a deriva natural. Propomos também que aquilo que nós, biólogos, conotamos com a expressão seleção natural, é uma conseqüência da história de constituição da biosfera por meio da deriva natural e não o mecanismo que gera essa história. No desenvolvimento dessas noções, propomos que: a) a história dos seres vivos na Terra é a história do surgimento, conservação e diversificação de linhagens e não de populações; b) a reprodução biológica é um processo sistêmico de conservação de uma relação particular fenótipo ontogênico/nicho ontogênico, e não um processo genético de conservação de algum genótipo ou constituição genética particular; c) uma linhagem surge na conservação sistêmica reprodutiva de uma relação fenótipo ontogênico/nicho ontogênico, e não na conservação de um genótipo particular; d) ainda que na ontogênese de um ser vivo não possa ocorrer nada que não seja permitido por seu genótipo total, tudo o que ocorre surge de modo epigenético, de maneira que não é possível afirmar que as características estruturais que aparecem na ontogênese de um organismo estejam geneticamente determinadas; e) é a conduta – o comportamento –, e não a genética, o fator central que guia o curso da história dos sistemas vivos; e f) aquilo que um taxonomista distingue quando afirma que um organismo pertence a uma espécie particular, é uma relação particular fenótipo ontogênico/nicho ontogênico, que ocupa uma posição nodal na história de diversificação da linhagem.

Saudações da pARTE do Hélio Rôla
rolanet.blogspot.com

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